Como saltar da pirâmide corporativa e voar sobre as nuvens da nova economia
PARTE I
Liberdade Criativa
É o que mais importa hoje para milhares de profissionais que estão optando por mudar seu estilo de vida e modelo de sustentação financeira.
Alguns por força da crise, outros, por livre e espontânea vontade de trabalhar com liberdade e significado. Cedo ou tarde, quase todos os profissionais do século XXI serão atingidos por essa onda e forçados a fazer esta transição. Há especialistas que dizem que até 2030, 2 bilhões de empregos podem desaparecer em virtude da robótica e automação.
Seja por causa da crise econômica, seja por efeito da evolução tecnológica, esta transição de natureza econômica, é mais no fundo também uma mudança de natureza existencial. É aí onde moram as maiores dificuldades de todos nós.
Singularidade
Quando um profissional do mundo corporativo decide torna-se empreendedor, ele decide deixar de atuar no mercado como pessoa física para atuar como pessoa jurídica. Para isso, precisa achar uma identidade para sua empresa, que a diferencie no mercado a fim de que se posicione e efetivamente conquiste o espaço no mercado que necessita para sobreviver. Sem isso, o profissional autônomo acaba servindo ao competitivo e exploratório mercado de freelancing em que seu trabalho é uma commoditie de baixa diferenciação e ele compete num oceano vermelho saturado por outros profissionais similares ofertando bens e serviços de baixo valor agregado.
Definir sua identidade pode soar simples mas na prática o que isto significa pode causar pânico a muitos profissionais que não tem o autoconhecimento necessário para se definir e sair do ‘armário corporativo’ enfrentando o julgamento do mercado e da sociedade.
Definir-se implica fazer escolhas difíceis e que terão efeito no longo prazo. Se sua marca será verde ou laranja, se a fonte será mais moderna ou mais clássica, se o nome expressa algo claro ou muito óbvio. Todas são questões delicadas e que exigem do profissional abstração, sensibilidade, autoconhecimento e coragem para renunciar a tudo o que ele pode ser para aceitar aquilo que ele de fato é. De único e singular.
Autoridade
Para elevar-se sobre a massa homogênea do mercado de freelancers e aumentar o valor do seu trabalho, o profissional precisa de um lastro que dê credibilidade para o seu nome. Este lastro consiste numa obra autoral, seja ela científica ou artística. Seja ela uma tese de mestrado ou uma composição musical, são estas realizações por ele assinadas que simbolizam status e dão a ele autoridade para exigir preços maiores ao se projetar sobre o mercado. Sem isto, o profissional sem lastro não tem peso para justificar o valor do seu trabalho e acaba sujeito à competir com base no preço. É partir deste lastro que o capital simbólico de um profissional atrai capital de giro para o seu dia a dia.
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